Histórias para Dormir

Histórias com narração calma para crianças na hora de dormir. Histórias Infantis.

O Rato e o Rinoceronte

Era uma vez, em uma vasta savana, um pequeno rato chamado Pip, que vivia em uma toca entre as pedras. Pip era ágil e inteligente, mas sempre se sentia inferior aos grandes animais da savana, especialmente ao rinoceronte chamado Rog, que era o maior e mais temido de todos.

Rog era conhecido por sua força descomunal e seu temperamento feroz. Com seu grande chifre e pele espessa, ele andava pela savana como se fosse o rei de tudo. Nenhum animal ousava desafiá-lo, e ele fazia o que bem entendia, aterrorizando quem cruzasse seu caminho.

Pip sempre observava Rog de longe, impressionado com sua força, mas também com medo. O rinoceronte tinha o hábito de derrubar árvores, destruir buracos e afastar qualquer animal que tentasse se aproximar de seus territórios. Todos na savana falavam de como Rog era invencível, um verdadeiro gigante.

Certa vez, um grupo de animais da savana decidiu que era hora de se reunir e tentar deter Rog. Ele havia se tornado insuportável, destruindo as fontes de água e esmagando as pequenas tocas que muitos usavam como abrigo. Porém, ninguém tinha coragem de enfrentá-lo. Leões, elefantes, búfalos – todos os animais maiores tinham medo de sua fúria.

Em meio à discussão, Pip, o pequeno rato, tomou coragem e disse:

— Eu vou enfrentar Rog.

Os outros animais ficaram em silêncio por um momento, e logo explodiram em gargalhadas.

— Um rato? Enfrentar um rinoceronte? — riu um dos elefantes. — Isso é impossível! Ele vai esmagá-lo com uma pata só.

Mas Pip não se deixou abater. Ele sabia que, embora fosse pequeno, tinha algo que Rog não tinha: astúcia e velocidade.

— Eu não tenho a força dele, mas tenho um plano — disse Pip, determinado.

No dia seguinte, enquanto Rog estava descansando em uma clareira, Pip se aproximou com cuidado. Ele sabia que não poderia vencer o rinoceronte com força bruta, mas havia notado algo: o rinoceronte, apesar de sua força, era lento e não tinha muita paciência.

Pip começou a correr em círculos ao redor de Rog, entrando e saindo dos arbustos. O rinoceronte ficou irritado com o pequeno rato que não parava de correr ao seu redor. Ele tentou pisotear Pip, mas o rato era rápido demais. Cada vez que Rog tentava atingi-lo, Pip escapava por entre as ervas.

— Pare de correr, seu rato insignificante! — rugia Rog, furioso.

Mas Pip continuava, sem se cansar. Sabia que, quanto mais tempo passasse, mais cansado o rinoceronte ficaria. Depois de muito tempo tentando esmagar o pequeno rato, Rog começou a ofegar, ficando cada vez mais lento e desajeitado.

Foi então que Pip, percebendo que Rog estava exausto, colocou seu plano em ação. Ele correu até um arbusto cheio de espinhos, que estava logo ao lado de onde o rinoceronte passava. Pip sabia que Rog tinha uma visão limitada e, se o distraísse o suficiente, poderia levá-lo direto para a armadilha.

— Ei, Rog! — gritou Pip, chamando sua atenção. — Aposto que você não consegue me pegar!

Enfurecido, Rog deu sua última investida, correndo com toda a força em direção a Pip. Mas o pequeno rato desviou no último momento, e o rinoceronte, cego pela raiva, foi direto para o arbusto cheio de espinhos.

Os espinhos se prenderam em sua pele grossa, mas ainda assim o incomodaram o suficiente para fazê-lo parar. Rog, agora exausto e ferido, não tinha mais forças para continuar lutando. Ele estava preso, sem poder se mover, e finalmente percebeu que havia sido derrotado por um simples rato.

Pip se aproximou calmamente e disse:

— Você pode ser grande e forte, Rog, mas a força bruta não é tudo. Às vezes, o que importa é usar a cabeça e ser paciente.

Rog, derrotado, olhou para o pequeno rato e, pela primeira vez, sentiu algo que nunca havia sentido antes: respeito. Ele entendeu que, embora fosse o mais forte, sua arrogância e falta de estratégia o haviam levado à derrota.

Depois daquele dia, Rog mudou sua atitude. Ele aprendeu a respeitar os outros animais e a não usar sua força para intimidar. Quanto a Pip, o pequeno rato tornou-se um herói entre os animais da savana, mostrando que, não importa o tamanho, coragem e inteligência podem vencer até os maiores desafios.

E assim, a savana voltou a viver em paz, com Rog e Pip como símbolo de que a verdadeira força nem sempre está nos músculos, mas no coração e na mente.

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