Histórias para Dormir

Histórias com narração calma para crianças na hora de dormir. Histórias Infantis.

O Passarinho que caiu do Ninho

Em uma floresta verdejante, em um dos galhos mais altos de uma grande árvore, vivia um pequeno passarinho chamado Pipo. Ele era novo e ainda aprendia a voar, observando os outros pássaros e sonhando com o dia em que poderia explorar os céus.

Certo dia, enquanto Pipo batia suas asas desajeitadamente no ninho, tentando praticar, ele perdeu o equilíbrio e caiu. Sentiu o vento ao redor de si, e antes que pudesse se dar conta, estava no chão da floresta, cercado por folhas e gravetos. O ninho, agora muito distante, parecia inalcançável.

Pipo sentiu uma onda de tristeza e medo. Ele era muito pequeno e ainda não sabia voar bem o suficiente para voltar sozinho.

— O que eu vou fazer agora? — pensou Pipo, olhando para o alto. Ele estava muito longe de casa e sem ideia de como voltar.

Enquanto andava pela floresta, cabisbaixo, encontrou um esquilo chamado Nico, que estava correndo pelos galhos em busca de nozes. Nico notou o passarinho triste e parou para perguntar:

— O que aconteceu, Pipo? Você está bem?

— Cai do meu ninho e não consigo voltar lá em cima. Estou com medo de que nunca consiga — respondeu Pipo, com os olhos cheios de lágrimas.

O esquilo pensou por um momento e, querendo ajudar, teve uma ideia.

— Eu sou bom em subir árvores, Pipo! Talvez eu possa te carregar de volta para o seu ninho! — disse Nico, animado.

Pipo ficou esperançoso. Nico subiu até ele, segurou suas pequenas asas e começou a escalada. Porém, logo ficou claro que o esquilo, por mais ágil que fosse, não tinha força suficiente para carregar o passarinho por todo o caminho até o alto da árvore. Depois de algumas tentativas e muitos tombos leves, Nico parou, ofegante.

— Eu sinto muito, Pipo. Eu não sou forte o bastante para te levar até lá — disse Nico, um pouco triste por não conseguir ajudar.

Pipo suspirou, desapontado, mas então teve uma ideia.

— E se nós conseguíssemos chamar minha mãe? Ela sempre fica por perto procurando comida. Se fizermos barulho suficiente, ela pode me ouvir e vir me buscar!

Nico concordou imediatamente, e os dois começaram a pensar em maneiras de chamar a atenção da mamãe passarinho. Nico, com sua agilidade, começou a pular entre os galhos, fazendo as folhas balançarem e cair. Pipo, por sua vez, começou a piar o mais alto que podia, na esperança de que sua mãe o ouvisse.

Após alguns minutos de barulho e agitação, algo aconteceu. O som de asas batendo rapidamente cortou o ar, e lá estava ela: a mamãe passarinho, voando em direção ao solo.

— Pipo! O que aconteceu? — perguntou, preocupada, ao ver o filhote embaixo da árvore.

— Eu caí, mamãe. Mas o Nico me ajudou a tentar voltar para o ninho. Só não conseguimos subir até lá — explicou Pipo, aliviado ao ver sua mãe.

A mamãe passarinho, grata pela ajuda de Nico, pousou delicadamente ao lado de Pipo e, com suas fortes asas, o levantou com cuidado. Em um voo seguro e reconfortante, ela o levou de volta ao ninho, enquanto Pipo olhava para baixo, vendo Nico acenando com alegria.

De volta ao ninho, Pipo estava feliz e seguro novamente. Ele olhou para sua mãe e prometeu ser mais cuidadoso da próxima vez, mas também sorriu, sabendo que sempre poderia contar com os amigos da floresta, como Nico, para ajudar quando estivesse em apuros.

Desde aquele dia, Pipo e Nico se tornaram grandes amigos, e o pequeno passarinho continuou praticando o voo, até que finalmente pôde bater suas asas com confiança. Mas nunca esqueceu daquele dia em que, com um pouco de ajuda e coragem, conseguiu voltar para casa em segurança.

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