Histórias para Dormir

Histórias com narração calma para crianças na hora de dormir. Histórias Infantis.

A Raposa e a Galinha

Era uma vez uma raposa chamada Astuta e uma galinha chamada Pompom que viviam na mesma fazenda. Astuta era conhecida por sua esperteza e habilidade em enganar os outros para conseguir o que queria. Já Pompom, uma galinha simples e tranquila, era famosa por ser honesta e sempre contar a verdade, mesmo quando isso a colocava em situações desconfortáveis.

Astuta, sempre à espreita, adorava observar o galinheiro. Ela sabia que as galinhas tinham uma vida confortável, cercadas de comida e seguras dentro de sua cerca. Astuta, por outro lado, precisava correr atrás de sua refeição todos os dias e isso a deixava inquieta. Um dia, enquanto observava Pompom ciscando, uma ideia maldosa surgiu em sua mente.

— Se eu conseguir enganar a Pompom, talvez consiga entrar no galinheiro e ter um banquete — pensou Astuta.

No dia seguinte, Astuta se aproximou do galinheiro com um sorriso no rosto, disfarçando suas intenções.

— Bom dia, Pompom! — disse ela, com a voz suave. — Que dia bonito, não é? Eu estava pensando… por que não fazemos uma troca? Eu soube que você é uma galinha muito especial, capaz de encontrar os melhores grãos pelo campo. Se me ajudar a encontrar esses grãos, eu te mostrarei um lugar secreto onde há um tesouro escondido.

Pompom olhou desconfiada para Astuta, mas como sempre acreditava no melhor dos outros, respondeu educadamente.

— Um tesouro? Não sabia que existia um tesouro por aqui. Mas por que você, Astuta, precisaria da minha ajuda? Você conhece essa fazenda tão bem quanto eu.

Astuta, que já tinha uma resposta pronta, disse:

— Ah, querida Pompom, eu posso conhecer bem os caminhos, mas você tem algo que eu não tenho: o faro para os melhores grãos. Só você pode me ajudar a encontrar o lugar exato.

Pompom pensou por um momento. Algo na proposta da raposa não parecia certo. Porém, como sempre dizia a verdade, achou que devia confiar na palavra dos outros também.

— Tudo bem, Astuta, eu vou ajudá-la a encontrar os grãos — disse Pompom, batendo suas asas.

E assim, as duas saíram pelo campo. Mas o que Pompom não sabia era que o “tesouro” da raposa era apenas uma armadilha para levá-la longe do galinheiro. Quando já estavam bastante distantes, Astuta parou de repente e, com um sorriso malicioso, disse:

— Agora que estamos tão longe, Pompom, acho que é hora de você saber a verdade. Não há tesouro nenhum. Eu te trouxe para longe do galinheiro porque, enquanto você está aqui, eu posso entrar lá e pegar o que eu realmente quero: suas amigas galinhas.

Pompom arregalou os olhos. Ela se sentiu traída e com raiva, mas, em vez de entrar em pânico, respirou fundo.

— Você mentiu para mim, Astuta. Sabia que estava correndo esse risco. Mas saiba que a verdade sempre aparece, mais cedo ou mais tarde. E sabe o que mais? Enquanto você estava ocupada tramando, eu também estava pensando. — Pompom então deu um passo para trás e assobiou alto.

De repente, os cães da fazenda apareceram, correndo em direção às duas. Pompom havia percebido a intenção de Astuta e, antes de sair, deu um jeito de chamar os cães, prevendo que a raposa tentaria algo.

Astuta ficou paralisada. Sabia que não conseguiria enfrentar os cães. Sem ter outra escolha, fugiu para a floresta antes que os cães a alcançassem.

Pompom, por sua vez, voltou calmamente para o galinheiro, onde suas amigas a receberam com alegria.

— O que aconteceu? — perguntaram as outras galinhas.

— A verdade sempre vence — respondeu Pompom, sorrindo.

E assim, Pompom mostrou que, apesar das artimanhas de Astuta, a honestidade e a sabedoria eram suas maiores forças. A raposa, por sua vez, aprendeu uma lição valiosa: a mentira pode até funcionar por um tempo, mas no final, a verdade sempre encontra uma maneira de prevalecer.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *